segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

RECANTOS DE LISBOA

HOJE É DIA DAS CHAGAS DE CRISTO
Na minha passeata por Lisboa , ao passar pela Igreja das Chagas verifiquei que estava aberta,entrei e fiz uma recolha do seu interior.
Esta Igreja fica no Bairro da Bica,quem vem de S.Paulo,subindo a escadaria da Calç.da Bica Grande,escadinhas da Travessa do Cabral ,fica ao cimo da colina, defronte a de Sta.Catarina,fica precisamente na Rua das Chagas,estando muito perto da Praça Luis de Camões e do Bairro Alto. Brinquei muito no largo fronteriço à mesma,jogando à bola e descendo a Rua do Ataíde em carros de rodas e em tábuas molhadas, escorregando até ao fundo, e fugindo da policia também, pois não era permitido estas brincadeiras e outras como jogar à bola na rua. Quando era miúdo frequentava a mesma aonde chegou a existir um grupo de escutas,e por esta altura havia a dita Festa das Chagas de Cristo com um bodo oferecido ás crianças do bairro.Quando os pescadores iam para a pesca do bacalhau era frequente vermos as mulheres e os maridos vestidos com os trajes tradicionais,subindo a encosta para pedirem a protecção enquanto tivessem no alto mar.Dizem que já no tempo das descobertas os navegadores de então, também tinham a mesma prática e devoção pelas Chagas de Cristo.Também a minha família dizia que é a primeira igreja,que quem entra a barra, a ser avistada ao longe.Tem no cimo do campanário uma figura peixe,que gira e dando a informação do tempo conforme se encontra a sua cabeça ou ou rabo.Muito simples o seu interior mas no digno de ser visitado, embora o horário do culto não seja diário,há muita dificuldade em encontrar alguém com disponibilidade para abrir a mesma, de modo que público a possa visitar. Lembro-me do casamento nesta igreja,do fadista Carlos do Carmo de ver o seu padrinho o Clif Richard,foi um acontecimento em grande no Bairro da Bica .Não é um templo rico em talhas revestidas a ouro ,como tantos outros nesta cidade, tão rica em património sacro-religioso, mas vale a pena visitar pois fica numa parte nobre da cidade onde os palácios ainda vão permanecendo.

texto e fotos de A.R.Filipe

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